O ano de 2020 foi uma grande reviravolta na vida e no cotidiano de todos. A pandemia do novo coronavírus reinventou o nosso dia a dia e algumas mudanças foram necessárias. Diante de um cenário tão inesperado, a missão foi achar uma melhor maneira de adiar os nossos planos. Noivxs do mundo inteiro precisaram adiar o seu grande dia e, talvez, encontrar apoio uns com os outros pode ser uma das formas de lidar com esse momento.
Assim, pensando em uma maneira de oferecer – mesmo que de longe – conforto e apoio para esses casais, nós conversamos com alguns que tiveram seus casamentos adiados. Para que possamos, além entender melhor como elxs têm lidado com essa fase, levar esse apoio para outros casais que estão passando pela mesma situação.
UM OLHAR POSITIVO TRANSFORMA
A Vanessa e o Helder iam casar em abril, no Butiá. De princípio, ao remarcarem a data, pensaram em deixar para outubro deste ano, mas acharam melhor adiar para o ano que vem. Apesar de tudo, coincidentemente, a nova data trouxe um significado especial: 17 de abril foi o dia em que os pais (dos dois!) se casaram também. Vanessa conta que é uma noiva pé no chão: “Na verdade não fiquei muito ansiosa em relação a isso (troca de data), porque não costumo ficar ansiosa com coisas que não estão sobre o meu controle. Acredito que temos que olhar por esse lado”.
E é justamente essa dica que ela dá para noivxs na mesma situação que a sua: procurar manter os pés no chão e tentar, apesar de tudo, olhar o lado bom. “Usar esse tempo a mais para se organizar, juntar mais uma graninha pra fazer mais uma coisa e, quem sabe, colocar mais um atrativo na festa. Porque a parte ruim é a que gente não controla” afirma. O tempo a mais deu a Vanessa também a possibilidade de mudar algumas coisas, como o seu vestido! A noiva que já tinha até pago, acabou se apaixonando por outro vestido.
1. A PARTE RUIM A GENTE NÃO CONTROLA, MAS DEPENDE SOMENTE DA GENTE VER A POSITIVA
Mas, ao contrário de Vanessa, Karina decidiu que ia manter tudo do jeitinho como estava, do casamento à lua de mel. Noiva do Matheus, a paulista vai vir de Salvador para fazer um Destination Wedding em Gramado, no mesmo lugar em que foi pedida em noivado. Devota de Santo Antônio, Karina ia casar dia 13 de junho, na capela do hotel Rita Hoppner. Aliás, vai ser na capelinha que Karina irá fazer a sua foto dos sonhos também: se casando com Matheus ao lado das suas pessoas mais importantes da sua vida.
Para a médica, a pior parte é a incerteza em relação a data. “Isso me afeta muito, eu fico muito triste, parece até que perdeu um pouco do encanto. Se eu ainda tivesse certeza da data, mas eu não tenho” conta. Além disso, a distância da família tem afetado bastante. Devido a profissão, tanto ela quanto o noivo que são médicos, precisaram se manter isolados dos familiares; porém, ambos se mantêm unidos para enfrentar esse momento, um ajudando o outro. Karina conta que Matheus tem sido seu porto seguro. “Ele é uma pessoa extremamente otimista e nunca vê o lado ruim das coisas. Ele diz que vai dar, sempre. Só me trás coisas boas” ressaltou. A jovem conta que até chegou a buscar relatos de outras noivas que estão passando pelo mesmo. “Quando encontramos pessoas que estão passando pela mesma situação que nós, nos sentimos melhores, mais compreendidas”.
2. FIQUE NO SEU PORTO SEGURO
Afinal, o amor e o companheirismo são o ingrediente principal para passar por esse momento, seja aqui no Brasil ou lá nos Estados Unidos. Carol e Drielly são um exemplo: as noivas tinham tudo planejado, iam fazer um Elopement Wedding em meio a natureza, o melhor amigo já estava levando as alianças e a fotografia já tinha sido contatada, até que a pandemia do coronavírus chegou a vida do casal ficou do avesso. Mas, para elas, paciência e companheirismo é a melhor maneira de enfrentar essa situação. “Conseguimos lidar com isso com paciência. As portas foram se fechando e fomos tentando contornar o quanto deu. Mas fomos bem tranquilas, bem pé no chão” relata Carol.
Juntas, Carol conta que elas têm lidado com a situação “rindo da desgraça”, mas sempre mantendo a esperança. Há uns anos as meninas decidiram, juntas, largar tudo e ir morar nos Estados Unidos, lá abriram um negócio próprio de pintura de casas que tem dado super certo. E é nesse espírito, de companheirismo e risadas, que elas seguem sonhando com o casamento. A ideia é fazer uma cerimônia minimalista, cercada pela natureza, só com as duas e mais dois ou três amigos. “O importante é fazer desse momento um momento especial. Quando tem amor e sentimento, tudo se adapta e se arruma novamente” afirma.
3. SE HÁ AMOR, SAÚDE E COMPANHEIRISMO TUDO PODE SE ADAPTAR
Amor, companheirismo e esperança, são, no fim das contas, a melhor maneira de conseguirmos enfrentar esse momento. É preciso, acima de tudo, lembrar que o mais importante agora é nos mantermos seguros e cuidarmos de quem amamos, para que, quando tudo isso passar, possamos estar todos juntos comemorando dias tão especiais e lindos.